terça-feira, 30 de novembro de 2010

A teologia da libertação e os idiotas úteis

O ditador Josef Stalin, que governou o império socialista no período de 1924 a 1953, cunhou uma expressão cômica e, ao mesmo tempo, contraditória. Essa expressão é “idiota útil”. Para Stalin o idiota útil é a pessoa ou organização social que possui as melhores intensões (quer combater o imperialismo, a fome, etc), mas que na verdade termina, de forma indireta e sem grande consciência, aderindo e contribuindo com o regime socialista. Diga-se de passagem, o socialismo é um dos piores regimes que o homem já foi capaz de construir. Poucos regimes foram capazes de superar o socialismo em requisitos, como, por exemplo, matar pessoas e impor o medo e o terror a sociedade. Na é atoa que nas repúblicas ex-socialistas os cidadãos desejam conversar sobre tudo, menos sobre o socialismo. Isso é m assunto que causa medo e pavor.

Na América Latina, desde a década de 1960, surgiu uma espécie de idiota útil. Trata-se da conhecida Teologia da Libertação (TL). Oficialmente, a TL deseja combater a pobreza e outras formas de opressão ao ser humano. A luta da TL é resumida no slogan: “opção preferencial pelos pobres”. Slogan que é repetido incansavelmente pelos militantes da Teologia da Libertação. A verdade precisa ser pronunciada: a opção da TL, ou seja, libertar os pobres de várias formas de opressão é justa e digna. Todos os cidadãos e organizações sociais devem se engajar em prol dessa libertação.

O problema é que a TL não se limita a lutar em prol da libertação do pobre. Acima de tudo a TL é um organismo no estilo “idiota útil”. Dentro do projeto de expansão da ideologia marxista pelo mando, e especificamente na América Latina, a função principal da TL é “conquistar a Igreja por dentro”, ou seja, infiltrar dentro da Igreja ideias anticristãs, as quais não encontram fundamento no Evangelho, no Magistério, na Tradição e nem no direito canônico. Por exemplo: a gigantesca perseguição que o socialismo empreendeu contra os cristãos, nos países sob seu domínio, é simplesmente esquecida, nem é mencionada. Além disso, não se fala da falta de liberdade religiosa e de expressão nos países socialistas, na grande fome que as populações desses países enfrentam, em todo o sofrimento que as pessoas são submetidas em países, como, por exemplo, Cuba e Coréia do Norte, etc, etc. Tudo é simplesmente esquecido.

A TL resume a história da seguinte forma: todos os males do mundo são causados pelo capitalismo e pela burguesia. Temos que admitir que o capitalismo e a burguesia são responsáveis diretos por graves problemas socioeconômicos. No entanto, o socialismo também é um agente de opressão do ser humano. Se o capitalismo é antiético e anticristão, o socialismo também é. Logo, a resumo da história realizado pela TL é incompleto.

Os líderes da Teologia da Libertação tem um sonho messiânico, ou seja, que a implantação da ideologia marxista trará o paraíso anunciado na Bíblia e, com isso, não haverá mais no mundo a fome e o sofrimento. Trata-se de um sonho justo e nobre, principalmente vindo de teólogos cristãos. O problema é que, mais uma vez, não passa de uma estrutura no estilo “idiota útil”. A implantação do socialismo em vários lugares do mundo – a experiência mais recente é na Venezuela de Hugo Cháves – nega radicalmente esse sonho messiânico. Junto com a implantação do socialismo vem à tirania, a perseguição religiosa, incluindo a perseguição aos cristãos, à fome, o desespero e a morte.

Os teólogos da libertação estão enganados. Eles pensam que em um mundo dominado pela ideologia marxista haverá mais espaço para o Evangelho e a promoção da dignidade humana. Vã ilusão. Na prática, quanto mais marxismo existe, maior é a opressão à liberdade e a dignidade humana. O socialismo não é o paraíso bíblico. Na prática a Teologia da Libertação (TL) não passa de uma estrutura social no estilo “idiota útil”. A função da TL é simultaneamente dá uma sustentação teológica a tirania socialista e fazer uma lavagem cerebral na população. Lavagem que fará a população aceitar, de forma passiva, todos os desmandos oriundos da ideologia marxista.

Vale lembrar que em nenhum país onde o socialismo foi implantado os teólogos e os cristãos foram valorizados. Sempre foram perseguidos e vistos como cidadãos de segunda categoria. Além disso, nunca os líderes internacionais do socialismo fizeram algum pronunciamento ou um acordo com o Vaticano para que os cristãos e outros segmentos sociais não fossem perseguidos pelo regime socialista.

Por causa de tudo que foi exposto, não se pode negar a importância de se fazer uma opção pela libertação dos pobres. Entretanto, essa opção deve ser de uma libertação verdadeira, autêntica, calcada nos sólidos valores do Evangelho e do Magistério da Igreja. E não uma falsa libertação como é apresentada pelo socialismo-marxismo e endossada pela Teologia da Libertação (TL).

O fracasso da esquerda no Rio de Janeiro

Inicialmente, é preciso elogiar as forças públicas pelo combate ao crime organizado no Rio de Janeiro e em especial ao secretário de segurança pública, José Mariano Beltrame. O delegado Beltrame é o mais sério e competente policial que o Rio de Janeiro e talvez o Brasil tenha visto surgir nos últimos anos. Talvez – e a apenas um simples talvez – o Brasil esteja diante do sucessor de Romeu Tuma.

Feita essa observação inicial é preciso recordar um pouco a história recente do Rio de Janeiro. Esse belo e tropical estado da União foi governado pelo populismo e o clientelismo oriundo da esquerda. É bom deixar claro que a direita também é populista e clientelista. A violência no Rio de Janeiro remonta aos tempos românticos das décadas de 1940 e 1950. Entretanto, neste período era uma violência considerada dentro da normalidade. Coisa de cidade grande. Na década de 1980 a coisa mudou de figura. Os governos de Leonel Brizola (PDT) criou o mito que o tráfego de drogas é “movimento social” e que bandido é “líder comunitário ou então líder social”. De um lado, Leonel Brizola tinha uma política populista e irresponsável que visava conseguir votos e ajuda-lo a realizar seu grande sonho, ou seja, ser eleito presidente da república. Do outro lado, a massa de pobres abandonados à própria sorte era vista como um forte reduto de um possível movimento de insurreição popular. Movimento que levaria o Brasil a implantar a ditadura socialista. Neste contexto o abandono das periferias por parte do poder público era visto, dentro de um megaprojeto politico, como um mal necessário.

Quem sucedeu Leonel Brizola em sua política oportunista foi o casal Anthony e Rozinha Garotinho. Ambos foram governadores do Rio de Janeiro. E ambos deram continuidade, cada um a seu modo, a política iniciada por seu padrinho político, ou seja, Leonel Brizola. Nos governos Anthony e Rozinha Garotinho foram repetidos a política populista de abandonar a periferia. Novamente o “romantismo” de ver o bandido como “líder comunitário ou então líder social” prevaleceu.

As consequências da política equivocada desenvolvida pelo sistema Brizola-Anthony-Rozinha Garotinho é que o crime se organizou, criou um sistema de “Estado paralelo”, proclamou a autonomia de amplas regiões da cidade frente ao poder da União e, acima de tudo, impôs o medo e o terror aos cidadãos. Para combater essa terríveis consequências o Estado tem que desembolar milhões em reais, fazer megaoperações militares, com o uso até mesmo de tanques de guerra, e colocar em risco a vida de milhares de cidadãos.

As consequências da política populista e irresponsável do sistema Brizola-Anthony-Rozinha Garotinho demostra que a esquerda fracassou no Rio de Janeiro. O grande perigo é que outro sistema de esquerda, representado pelo binômio Lula-Dilma Rousseff, está governando o Brasil. E dessa vez a esquerda não governa apenas uma grande cidade, como, por exemplo, o Rio de Janeiro, mas todo o país. Espera-se que a esquerda não resolva transformar o Brasil numa espécie de Grande Rio, ou seja, implantar a nível nacional a mesma política populista e irresponsável que foi implanta no Rio de Janeiro. Se isso acontecer vamos pedir ajuda a quem? A Deus? A ONU?




sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A perseguição aos cristãos no Oriente Médio

Passou despercebido pela grande mídia o relatório, produzido em 2010, sobre a Liberdade Religiosa no Mundo, organizado pela associação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS). Nesse relatório são apresentados dados alarmantes sobre a liberdade religiosa no mundo. Surpreende que em pleno século XXI, onde se fala muito em liberdade de expressão e de opinião, a liberdade religiosa seja quase um privilégio de uma minoria da humanidade. Praticamente em 70% do planeta há algum tipo de restrição à liberdade religiosa. Acreditar em Deus ainda é um grande obstáculo para o homem.

Esse obstáculo é ainda maior no Oriente Médio. Não vamos entrar na discussão que envolve todos os grandes problemas dessa região do planeta. No entanto, uma coisa que chama a atenção é que a minoria cristã da região, que no passado já representou mais de 10% da população e hoje representa apenas 3%, está quase desaparecendo. Em países, como, por exemplo, o Iraque e o Egito, existe uma grande perseguição aos cristãos. Situação muito grave os cristãos também enfrentam na Faixa de Gaza, território Palestino administrado pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas. Vale salientar que o Oriente Médio é o berço do cristianismo.

Os cristãos no Oriente Médio são duramente perseguidos. Eles são proibidos de exercer funções dentro do Estado, tem dificuldade para matricular os filhos em escolas e o pior: são maltratados fisicamente e até mesmo assassinados. Atualmente o Oriente Médio é a região do planeta onde há o maior número de assassinatos de cristãos. Nessa região, matar um cristão é sinônimo de impunidade. Inclusive grupos radicais e fundamentalistas islâmicos, abertamente, incentivam o assassinato de cristãos. Por causa disso, a população cristã no Oriente Médio tem diminuído rapidamente. Uma parcela considerável de cristãos tem abandonado a região e ido morar em regiões, como, por exemplo, os EUA e a Europa. Se esse processo continuar a perspectiva é que em dez anos não haja mais cristões em muitos países do Oriente Médio.

Os países dessa região, que são oficialmente mulçumanos, não conseguem ou não querem impedir a perseguição e o assassinato dos cristões. As políticas de proteção a essa minoria étnica e religiosa tem sido, até o presente momento, ineficazes.

Diante disso é preciso questionar: onde está a ONU, que sempre lutou pela liberdade e pelos direitos das minorias? Onde estão lideres liberais, como, por exemplo, Bill Clinton e Tony Blair, que sempre afirmaram defender as minorias? Onde está Barack Obama, que é quase um profeta, que não se manifesta em defesa da minoria cristã no Oriente Médio? Onde está o presidente do Brasil, Lula, “o cara”, que afirma defender os direitos humanos e, ao mesmo tempo, mantém relações íntimas de amizade com regimes autoritários, como, por exemplo, Cuba e o Irá? Os estão os milhares de ONGs que afirmam defender os direitos humanos? Por acaso o assassinato de cristãos no Oriente Médio não é um caso de direitos humanos? Onde estão os teólogos da libertação, como, por exemplo, Frei Betto, Leonardo Boff e Marcelo Barros, que sempre se apresentaram como defensores das minorias? Por que os teólogos da libertação não defendem a minoria cristã no Oriente Médio? Onde estão os vários padres e religiosos (as) que assinaram manifestos em defesa da então candidata Dilma Rousseff? Justamente Dilma Rousseff que sempre defendeu o aborto e outras questões contrárias à fé crista. Seria bom que todos esses defensores das minorias fossem a público defender os cristões que estão correndo risco de extinção em países do Oriente Médio.

Além disso, é preciso que a sociedade civil se mobilize. A presença cristã no Oriente Médio enriquece a região e, ao mesmo tempo, propicia um saudável diálogo entre Oriente e Ocidente. É preciso que a ONU e outros organismos internacionais criem e incentivem políticas de proteção as minorias no Oriente Médio. Os cristãos não podem desaparecer dessa região. É um dever dos países que compõem essa região e de todos os órgãos que fomentam políticas públicas no mundo garantir a presença cristã nessa região.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O bloção do PMDB

Nos últimos dias a grande mídia não para de falar do bloção do PMDB, ou seja, o acordo que o PMDB vez com outros partidos, geralmente partidos políticos pequenos, com o objetivo de aumentar seu poder de negociação junto a presidente eleita Dilma Rousseff. É uma espécie de renascimento do antigo centrão.

A grande impressa, juntamente com a elite do PT e o atual presidente da república, Lula, afirmam que o bloção do PMDB não passa de uma manobra oportunista para conseguir eleger o presidente da câmara de deputados, conseguir mais cargos públicos, mais dinheiro e coisas semelhantes. É claro que essa afirmação é verdadeira. Como disse o comentarista político Nivaldo Cordeiro: “o PMDB é uma confederação de oligarquias locais”. Oligarquias pragmáticas e populistas que desejam se perpetuar no poder e, por conseguinte, usufruir de todos os benefícios que o poder político pode trazer.

Entretanto, há uma questão que está ficando fora das discussões. O problema é que, de um lado, o PT também organizou o seu bloção – parece que formar bloção está na moda – composto, em sua essência, por partidos políticos de centro-esquerda, como, por exemplo, o PSB e o PTD. Na verdade o bloção que o PT formou é justamente para isolar o PMDB no congresso e, com isso, poder governar sozinho. O raciocínio da elite do PT é muito pragmático. Esse raciocínio pode ser sintetizado na seguinte proposição: “como somos todos esquerdistas e seguidores, de alguma forma, do marxismo, então podemos nos entender e criar um governo monolítico, ou seja, onde só a ideologia da esquerda exerça o poder”. Dentro dessa linha de raciocínio o PMDB está fora. Ele foi condenado, antes mesmo da posse de Dilma Rousseff, a ser um mero figurante dentro do plano de perpetuação no poder que o PT possui.

O PMDB é governado por uma elite de velhos e experientes políticos. Esses políticos querem exercer um poder pragmático, ou seja, dividir o poder político e se beneficiar com seus dividendos. No entanto, o mesmo PMDB sabe que o PT não é um partido democrático, que o PT não divide o poder com ninguém. O PT é um partido no estilo dos velhos partidos comunistas, onde só há um único partido e um único governante. Uma monarquia do partido e não mais a monarquia do rei. Dentro desse quadro o PMDB sabe que é preciso se articular, fazer pressão junto à elite do PT e a nova presidente, Dilma Rousseff. Caso contrário, o PMDB será engolido pela máquina centralizadora que é o PT.

Aqueles que criticam a formação de bloções estão corretos. Nada pior que grandes estruturas partidárias que só pensam em aumentar sua participação dentro do Estado. A política é curiosa e muitas vezes irônica. Neste caso, a ironia é que duas grandes estruturas de poder, o PT e o PMDB, terão que dividir o poder. Pelo menos neste caso, talvez – e é apenas um talvez – isso seja bom para o Brasil. O PT não poderá governar sozinho, como sempre desejou. Ele terá que dividir o poder. O PT não poderá ser o Senhor e o juiz da democracia e do povo brasileiro. Diante das aspirações totalitárias do PT, o bloção do PMDB emerge como sendo uma espécie de “poder moderador”, o qual poderá adiar e até mesmo enterrar a pretensão do PT de transformar o Brasil na Grande Cuba ou então na Coréia do Norte dos trópicos. Até o presente momento o bloção do PMDB foi a melhor forma de conter a sede de poder do PT.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Sobre os atentados no Rio de Janeiro

“Não crie uma cobra, ela vai lhe morder” (Ditado popular).


Desde o último domingo, 21/11/2010, o Rio de Janeiro vem sendo alvo de ataques do crime organizado. Esses ataques utilizam as conhecidas manobras, entre outras, de incendiar carros e alvejar com tiros postos policiais e outros estabelecimentos públicos. Na verdade o crime organizado carioca está utilizando técnicas de terrorismo urbano. Ele está tentando impor o medo e o terror a população da cidade do Rio de Janeiro e também de todo o Brasil.

Nesse momento de perturbação da ordem e da real ameaça à vida de cidadãos inocentes é preciso ficar do lado do poder público e das formas militares. Além disso, é preciso se dizer uma justa verdade, ou seja, ao contrário de outros governos cariocas, os quais faziam vista grossa contra o crime, o atual governo do Rio de Janeiro tem se esforçado, dentro das limitações técnicas e financeiras, para combater o crime e finalmente trazer paz para a cidade maravilhosa.

Todavia, é precisa perguntar: como grupos de bandidos cariocas tiveram acesso a informações e táticas de guerrilha urbana? Essa é uma boa pergunta para ser respondida pelo comando da polícia militar carioca e da inteligência brasileira. Apesar dos detalhes dessas informações serem de uso restrito das agências de informação e de muitas histórias que circulam sobre o crime organizado não passarem de pura especulação é preciso aventar duas sérias hipóteses.

Primeira, o crime organizado carioca e outras ramificações, como, por exemplo, o crime organizado de São Paulo, teve acesso as informações por meio de manuais, que ensinam as táticas de guerrilhas e de terrorismo, que se encontram na internet e até mesmo em bibliotecas públicas. Um bom líder do crime organizado pode muito bem ter encomendado esse tipo de literatura e, com isso, organizado de forma estratégica as ações do seu grupo criminoso.

Segundo, grupos de criminosos, financiados pelo dinheiro do tráfego de drogas, contrabando de armas e outras atividades ilegais, contrataram ou estão contratando membros e ex-membros de grupos terroristas, como, por exemplo, as FARC e o ELN na Colômbia. Esses membros seriam contratados, por muito dinheiro, para ensinar as técnicas de guerrilha, seja rural ou urbana, para grupos criminosos brasileiros e de outros países.

É claro que tudo isso são hipóteses que precisam ser esclarecidas pela Polícia Federal e outros órgãos de segurança.

No entanto, é bom lembrar que no Brasil é costume se confundir movimento social com grupo criminoso, periferia pobre com quartel general de facção criminosa. Durante muito tempo os bandidos ficaram quase que livres para atuar em suas atividades ilegais. O motivo disso é que sempre tinha alguém que dizia: “Trata-se de um movimento social”, “Eles são representantes do povo, dos oprimidos”. Embalados por esse discurso o crime cresceu e se proliferou no Rio de Janeiro e em outras áreas do país. É preciso, com urgência, separar criminoso de movimento social. Movimento social não usa as táticas de guerrilha que estão sendo utilizadas por grupos criminosos no Rio de Janeiro.

Além disso, até hoje o Brasil não possui uma lei que regulamente a questão do terrorismo e de ações semelhantes. Essa discussão deverá ficar para outro texto, mas é sempre bom recordar que a legislação sobre o terrorismo e atos semelhantes nunca foi aprovada no Brasil, entre outras coisas, porque se costuma confundir movimento social com ação criminosa. Um bom exemplo disso é o MST. Esse movimento faz uma justa reinvindicação, ou seja, terra para quem quer plantar, mas infelizmente usa técnicas de guerrilha rural, no estilo “Guerra no Vietnã”. Há muito tempo o MST passou os limites entre a luta social, reconhecida pela legislação e pala sociedade, e a implantação do caos. No entanto, apesar de todas as advertências, o governo federal continua fazendo que não ouviu nada e não sabe de nada. E, com isso, o MST continua instalando o caos no país. Sobre essa postura do governo federal é bom lembrar um ditado popular que diz: “Não crie uma cobra, ela vai lhe morder”.

O MST é a cobra que o governo federal está criando. É bom recordar que nas décadas de 1980 e 1990 o crime organizado era visto como movimento social. Era a cobra que estava sendo criada, alimentada. Hoje todos os cidadãos pagam o preço caro e amargo da mordida da cobra, ou seja, o crime está espalhando o medo e o terror pelo Rio de janeiro e pelo Brasil. Sem contar na péssima imagem que estamos vendendo para o resto do mundo. Como vamos organizar uma Copa do Mundo e as Olimpíadas com esse caos? Como vamos ser um país desenvolvido se não oferecemos segurança aos cidadãos? Criar uma cobra, ou seja, confundir movimento social com organização criminosa, é prejudicial para todo mundo.

Paradoxalmente, as terríveis ações do crime organizado no Rio de Janeiro nos últimos dias são um bom momento para se deixar de criar a cobra, ou seja, para tratar criminoso como criminoso e movimento social como movimento social. Confundir as duas coisas termina gerando grandes problemas para a sociedade.

sábado, 20 de novembro de 2010

O retorno da CPMF


Todo o povo brasileiro comemorou quando em dezembro de 2007, num raro surto de trabalho coordenado, o senado, e especialmente a oposição, rejeitaram a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira. Um tributo federal, carinhosamente apelidado de CPMF, que cada brasileiro tinha que pegar toda vez que fazia uma movimentação financeira.
O governo federal criou a CPMF dizendo que o dinheiro arrecadado com a cobrança de 0, 38% das movimentações financeiras no Brasil seria gasto na melhoria do sistema de saúde e, além disso, que se tratava de um imposto provisório. Que duraria um tempinho, o suficiente para o governo federal melhorar o sistema de saúde e a arrecadação fiscal do Estado.
Todo brasileiro que se lembra de todos os debates em torno da CPMF sabe que ninguém, em sã consciência, nunca acreditou que o governo federal estivesse falando a verdade quando dizia que a CPMF erra um imposto “provisório” e, por conseguinte, “duraria alguns anos”. Todo mundo tinha certeza que a CPMF tinha vindo para ficar.
O fato é que num gesto de rebeldia e tentando agradar o eleitorado insatisfeito, o senado, no final de 2007, rejeitou a prorrogação da CPMF. Agora a mídia divulga que a presidente eleita, mas não empossada, a Sra. Dilma Rousseff deseja recriar a CPMF.
O eu temos visto, por meio da mídia, é o tradicional “empurra-empurra” brasileiro. Vejamos: Dilma Rousseff diz quer recriar a CPMF são os governadores, os governadores dizem que é a bancada são os deputados do governo, por sua vez os deputados d governo dizem que é o setor econômico e esse diz que é a cúpula do PT, etc, etc. O pior é que ninguém afirma que não recriará a CPMF. Pelo contrário, todo mundo acha que sem a CPMF o governo não pode viver.
Dentro desse “empurra-empurra” existem quatro questões que precisam ser, pelo menos, lembradas:

1) O governo federal nunca arrecadou tanto dinheiro como agora. O próprio governo vive fazendo propaganda dos constantes superávits na arrecadação de impostos. Sendo assim, por que então recriar a CPMF? O superávit nos impostos não é suficiente?
2) Onde fica toda a propaganda do pré-sal e outras maravilhas apresentadas nos últimos meses pelo governo federal? Se levarmos a propaganda do governo federal a sério, pensaremos que o Brasil é um país que nada em dinheiro.
3) Por que o governo, nos diversos níveis (federal, estadual e municipal), não realiza um sério corte de despesas? Faz tempo que economistas, cientistas políticos e outros especialistas alertam para a necessidade de um duro corte nos gastos públicos, os quais vêm aumentando radicalmente nos últimos anos. Se o governo realizasse um corte em seus gastos seria possível investir mais em saúde e em outras áreas estratégicas. Há muito tempo que o problema do governo brasileiro não é quantidade de dinheiro que entra no caixa do Estado, mas como o Estado gasta mal esse dinheiro.
4) É público e notório a sede estatista do atual sistema político que governa o Brasil. O PT e Dilma Rousseff ainda possuem a visão romântica que o Estado resolverá todos os problemas das pessoas. Eles sonham com o Estado-Deus, o qual será tudo em todos. Isso explica a necessidade de recriar a CPMF, ou seja, é preciso mais dinheiro para aumentar o tamanho do Estado dentro da sociedade. Para o PT e Dilma Rousseff quanto maior o tamanho do Estado melhor.

Dentro dessa quatro questões fica o cidadão comum, o qual não pode competir com a lógica de gastar dinheiro do Estado e da ideologia do PT. A verdade é que a volta da CPMF é um perigo. É um perigo para o cidadão, que pagará amis impostos, para o governo, que pensará que pode fazer o que quiser. Só quem vai sair, mais uma vez, perdendo é o sistema público de saúde. No passado o dinheiro da CPMF não ajudou a melhorar o SUS e dificilmente ajudará agora.

Comunicado aos leitores(as) do blog Crítica Cultural

Prezados(as):

Muitas pessoas têm me enviado e-mails oerguntando o moitvo do blog ficar tanto tempo sem ser atualizado. Inicialmente, peço mil desculpas pela desatualização do blog. Realmente é um motivo de alegria ver que tantas pessoas liam esse blog de conteúdo filosófico. O motivo da desatualziação são os constantes trabalhos acadêmicos do escriba que mantém o blog. No entanto, nosso esforço será de tantar atualziar o blog pelo menos uma vez por semana. Agradeço a todos que me escreveram e incentivaram a continuar postando no blog.